quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Editoras podem cometer o mesmo erro das gravadoras

Pesquisa feita pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) sugere que as editoras podem estar cometendo o mesmo erro que as gravadoras na era do mp3. Segunda a pesquisa “O Livro no Orçamento Familiar” descobriu-se que a compra de livros por parte dos brasileiros sofre a concorrência das fotocópias, principalmente nas universidades.

Quem já fez universidade sabe que dificilmente se "xeroca" um livro inteiro, pois o professor precisa apenas de um ou outro capítulo de determinado livro, na composição do seu conteúdo programático. Devido à pressão das editoras, hoje em dia, pelo menos em São Paulo, é difícil achar uma copiadora que faça fotocópias de livros, um capítulo que seja. Já tive a experiência de achar que estava evocando o capeta (pela reação do copiador) ao pedir uma cópia de um capítulo de livro.

O que a pesquisa faz, é levantar a quantidade de fotocópias pelo faturamento, o que desconsidera a cópia pontual. Mais frutífero, acredito, seria discutir de que maneira resolver o problema de um aluno de universidade que pretende ler 10 páginas de um livro, que se comprado inteiro, custa um valor totalmente incongruente com sua necessidade. Em tempos digitais, Google Books e afins, tecnologia não falta pra se construir um modelo de mercado que caminhe nesse sentido.

Quem sabe, a compra de trechos de livros, faça tanto sentido (ou mais) quanto a compra de músicas em mp3. Resta saber se os cachorrões do mercado editorial vão se abrir pra isso, ou vão cometer o mesmo erro das gravadoras de música - ignorar a evolução tecnológica e fazer ruir sua hegemonia. Coisa que no caso da música, foi motivo de comemoração para muitos. Os e-books estão chegando, assim como os readers e celulares. O tempo está correndo.

-Gabriel Góes

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