segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Audiolivro nas escolas

A Livrosonoro tem como objetivo principal, proporcionar conhecimento, cultura, reflexão e divertimento pra sociedade através do audiolivro. Isso não é papo, de quem no fundo está preocupado só com o dinheiro resultante disso. É verdade. É por isso que a Editora vê como uma falha grave ela ser impedida de inserir em seus trabalhos a Ficha Catalográfica. Pra quem não sabe, é essa ficha que permite que livros sejam alocados em bibliotecas públicas de acordo com título, assunto, etc.

Por enquanto, os audiolivros estão fora da esfera pública. Vamos batalhar pra que isso não dure muito tempo.

- Ed. Livrosonoro

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

William Bonner e a caveira de máscara

Interessante a entrevista que a Marília Gabriela fez com o William Bonner ontem no canal GNT. Obviamente ela perguntou sobre a famosa edição da Globo no debate dos então presidenciáveis Collor e Lula. O que se diz, é que a Globo apoiou claramente Collor através de uma edição totalmente imparcial.

Ele se saiu bem, dizendo primeiro que acha que nenhum debate deve ser editado, por se tratar de um organismo vivo. Na época um jornal da Globo havia lançado uma edição na qual os dois se saiam bem, mas que para ele, o Collor venceu o debate. Depois, "alguém, não se sabe quem" deu a ordem pra que fosse editado daquela maneira. Essa edição, que é a mais conhecida, saiu no Jornal Nacional. Enfim, disse que no seu livro sobre a história do JN, tudo isso é tratado com coragem, sem medo de tirar os "esqueletos do armário".

Vou resumir minha opinião: é absurdo acreditar que numa estrutura como a da Globo, "não se sabe quem" deu a ordem. É claro que sabem. Se ele se sente tão confortável pra falar sobre o assunto, e fala isso em nome de toda a equipe, não há porque não querer assumir uma posição, seja ela qual for. o fato de não abrir o jogo é uma indicação clara de que há mais coisas por trás. O esqueleto saiu do armário, mas a caveira ainda veste uma máscara.

-Gabriel

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Títulos lançados

Acho extremamente positiva a iniciativa dos editores de audiolivro no Brasil estarem se esforçando para lançar mais títulos no mercado. Como sabemos, é um mercado ainda na infância, mas com um potencial de crescimento enorme.

Resta ainda muita coisa pra saber sobre o que ele irá significar para o público brasileiro. Apenas recentemente, pra se ter idéia, o termo "audiolivro" se fixou no mercado, na medida que grandes redes, como Saraiva, Livraria Cultura e outras, passaram a adotar a nomenclatura. Parece pouco mas dá a dimensão do estágio em que estamos. Não conheço nenhuma pesquisa que indique a porcentagem de pessoas, que seja na cidade de São Paulo que sabem o que é audiolivro. Mas não tenho medo de arriscar: menos de 1%.

Mas pela maneira como o trânsito paulistano caminha, tudo indica que cada vez mais o audiolivro será uma ótima saída para controlar o estresse dos motoristas.

Está ficando claro pra mim que a simples leitura de jornais (ou blogs, agora a moda é blog) informa, mas não aprofunda. E é interessante aprofundar-se em alguma coisa, não pra saber tudo sobre aquilo que se lê (só isso, sem que haja uma funcionalidade direta, seria pura vaidade), mas pra saber pensar sobre o mundo, com corpo mente e alma.

Quero parabenizar o Buzo (Alessandro Buzo) e o de Maio (Alexandre de Maio) pelo que está se tornando o seu jornal "Boletim do Kaos". A força com que a periferia está chegando é positivamente assustadora. Reportagens incríveis, com uma visão de mundo extremamente autêntica e inteligente. Porque afinal, jornalista neutro, ou escritor neutro, é conversa pra boi dormir.

-Gabriel Góes

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Estudos apontam que há uma grande diferença na maneira como as áreas do cerebro agem, ouvindo ou lendo. Essa diferença já foi mapeada, através do "PET Scan", que em português significa "Tomografia por Emissão de Pósitrons". As imagens a seguir mostram as regiões atuantes em cada uma das situações. A fonte é do livro "The Bard and the Brain" escrito por Paul Matthews e Jeffrey McQuain.

O cérebro lendo:




O cérebro ouvindo:


-Gabriel Góes

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Editoras podem cometer o mesmo erro das gravadoras

Pesquisa feita pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) sugere que as editoras podem estar cometendo o mesmo erro que as gravadoras na era do mp3. Segunda a pesquisa “O Livro no Orçamento Familiar” descobriu-se que a compra de livros por parte dos brasileiros sofre a concorrência das fotocópias, principalmente nas universidades.

Quem já fez universidade sabe que dificilmente se "xeroca" um livro inteiro, pois o professor precisa apenas de um ou outro capítulo de determinado livro, na composição do seu conteúdo programático. Devido à pressão das editoras, hoje em dia, pelo menos em São Paulo, é difícil achar uma copiadora que faça fotocópias de livros, um capítulo que seja. Já tive a experiência de achar que estava evocando o capeta (pela reação do copiador) ao pedir uma cópia de um capítulo de livro.

O que a pesquisa faz, é levantar a quantidade de fotocópias pelo faturamento, o que desconsidera a cópia pontual. Mais frutífero, acredito, seria discutir de que maneira resolver o problema de um aluno de universidade que pretende ler 10 páginas de um livro, que se comprado inteiro, custa um valor totalmente incongruente com sua necessidade. Em tempos digitais, Google Books e afins, tecnologia não falta pra se construir um modelo de mercado que caminhe nesse sentido.

Quem sabe, a compra de trechos de livros, faça tanto sentido (ou mais) quanto a compra de músicas em mp3. Resta saber se os cachorrões do mercado editorial vão se abrir pra isso, ou vão cometer o mesmo erro das gravadoras de música - ignorar a evolução tecnológica e fazer ruir sua hegemonia. Coisa que no caso da música, foi motivo de comemoração para muitos. Os e-books estão chegando, assim como os readers e celulares. O tempo está correndo.

-Gabriel Góes

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Seja bem-vindo ao blog da Livrosonoro. Eu, como parte da editora acho importante abrir este espaço para que possa ser colocado, espero, contribuições importantes para o mundo do livro.

Acredito que haja uma mistificação do "ser leitor" no Brasil. Ser um leitor significa não mais do que gostar de ler, ou seja, gostar de usar parte do tempo que temos nessa vida para dedicar-se à leitura, seja ela de livros, revistas (blogs agora), ou o que quer que seja. Isso não faz ninguém mais importante. Mas talvez o faça mais inteligente, no sentido de exercitar o pensamento para conseguir interpretar a informação para além do que ela primeiro se mostra. Esse exercício de ir além, de não acomodar-se no já sabido, eu acredito ser uma das principais funções do livro.


Quando comecei (junto com outros) a Livrosonoro, a minha motivação principal era que o conhecimento pudesse circular de uma maneira mais agradável. Hoje é mais do que isso. Conhecer pura e simplesmente não forma ninguém. É uma preocupação da editora hoje dedicar-se exclusivamente a aquilo em que ela acredita, e tentar seguir um rumo editorial com algo que realmente possa ajudar e contribuir pra sociedade.

Tendo dito isso o blog está lançado. o que virá por aqui não sei dizer, tantas as possibilidades. Inicialmente, para aqueles interessados no assunto audiobook, traduzi um artigo muito legal, que fala a respeito dos prós e contras do audiobook, com relatos de experiências muito interessantes por parte de leitores de ouvido.
Para ler, é só clicar aqui