terça-feira, 9 de março de 2010

A Alma dos audiolivros

Constantemente me vem a cabeça pensamentos soltos a respeito do papel do audiolivro no aprendizado. Enquanto não temos recursos para executar pesquisas sólidas no Brasil, que indiquem o valor que ele tem, nos contentamos com argumentos filosóficos, mas que nem por isso, são menos importantes.

Houve um tempo na história da humanidade em que tudo era dito, e não escrito. Com a invenção da escrita, a palavra passou a ser registrada. Entre o dito e o escrito criou-se um intervalo, uma fissura, que está sendo agora preechida pelo audiolivro. O escrito muitas vezes tornou-se rebuscado, difícil, mas nem por isso menos interessante, por desafiar nossa mente na interpretação da mensagem. Como um virtuose de guitarra, onde a curtição está muito mais em decifrar a melodia do que na música em si.

Qualquer educador concordaria que o que vale realmente é o conteúdo. De nada adianta um adolescente sair da escola como gênio da gramática, acreditando que assassinar os outros é legal. No audiolivro, claro que o estilo conta também, mas me parece que o conteúdo é muito mais importante. Fora isso, nós como editora estamos querendo valorizar também a parte sensorial do trabalho, com muitas vozes, interpretação, efeitos e etc, dando uma cara diferente pro livro.

-Gabriel

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